IRN apresenta gerador automático de nomes de firmas
Os nomes da bolsa de firmas e denominações vão passar a ser gerados automaticamente por um algoritmo de inteligência artificial. O projeto foi apresentado esta quarta-feira, em Lisboa, num evento que contou com a participação da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O evento de apresentação contou com a presença da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
Foi apresentada esta quarta-feira, 28 de setembro, a medida Simplex “automatização da Bolsa de firmas e denominações”, um dos projetos que abre caminho ao processo de modernização dos serviços para as empresas que o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) está a pôr em prática.
Os nomes de fantasia da Bolsa de Firmas, que até agora eram criados por uma equipa de inventores públicos do IRN, vão passar a ser gerados automaticamente por um algoritmo de inteligência artificial, com base na atividade económica da empresa e sem risco de repetição ou confusão com entidades já existentes.
O gerador automático de nomes para a bolsa de firmas e denominações vem assim reforçar os processos dos serviços Empresa Online e Empresa na Hora, para a constituição de sociedades, permitindo otimizar recursos e poupar tempo aos serviços e aos empresários.
No evento de apresentação, que contou também com a participação do secretário de Estado da Justiça, Pedro Ferrão Tavares, e do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, a ministra da Justiça descreveu este projeto como um exemplo de uma “Justiça 2.0”, salientado que este gerador permite “dar mais um passo nos serviços prestados às empresas, com vista a reduzir os seus custos e também estimular a competitividade”.
Destacando que os “Registos estiveram sempre nesta vanguarda”, a titular da pasta da Justiça descortinou algumas das mudanças que se avizinham, com vista “à disponibilização de serviços integrados, organizados em torno do ciclo de vida dos cidadãos e das empresas”. “Serviços que permitem não apenas dispensar o papel, mas deslocações, e que respondem também à necessidade de convenientemente ir partilhando informações com outros serviços da Administração Pública”, disse.
No decorrer do evento, foi ainda apresentada a nova área de serviços da Empresa Online. O IRN está a desenvolver uma nova plataforma, mais robusta, eficiente, segura para o processo de criação de uma empresa que deverá ser apresentada nos próximos meses.
Na sua intervenção, a presidente do IRN, Filomena Rosa, salientaria que este é um “pequeno grande passo” num caminho para os Registos do futuro, sublinhando que o este projeto se insere também no Plano de Ação do IRN Horizonte 2025, que delineia a estratégia para a operacionalização das iniciativas de transformação digital dos serviços, “assentes em sistemas mais modernos e adaptados às reais necessidades e anseios dos cidadãos e das empresas”.
Este evento inseriu-se também no Roteiro para a Justiça. À semelhança do que tem acontecido neste périplo pelas conservatórias, a oportunidade abriu portas a um conhecimento mais efetivo das pessoas e das necessidades dos serviços, cumprindo aquilo que o Secretário de Estado da Justiça sublinhara na sua intervenção como essencial neste processo de mudança: “para podermos melhorar os serviços, temos que primeiro observar, perceber e conhecer”.